HISTÓRICO
O Departamento de Análise Geoambiental (GAG), denominado de Departamento de Cartografia (GCG) até 2002, nasceu com o Instituto de Geociências (EGG) da Universidade Federal Fluminense (UFF), juntamente com os Departamentos de Geografia (GGE) e Geologia & Geofísica (GGO), que são os dois outros Departamentos constituintes dessa Unidade Acadêmica, quando da Reforma Universitária de 1968, que oficializou o sistema de créditos e departamentos das universidades federais. Em 26 de agosto de 2002, em decorrência das atividades de pesquisa voltadas para a análise ambiental, desenvolvidas pelos professores do Departamento de Cartografia, a plenária departamental aprovou a mudança de seu nome para Departamento de Análise Geoambiental.
Quando da sua criação, o departamento assumiu características exclusivas de provedor de disciplinas para os cursos de Geografia e diversos outros na área de Engenharia e Arquitetura. Afora tais atividades letivas, o então Departamento de Cartografia não mostrava uma perspectiva nítida de projeto departamental, que envolvesse uma atuação consistente nos campos da extensão e da pesquisa. Também não mostrava um caminho próprio na esfera do ensino, que fosse além da condição de apêndice dos mencionados cursos. A despeito do nome (Departamento de Cartografia), nos primeiros anos atuou em duas vertentes básicas, a saber: para os cursos de Engenharia, ministrou disciplinas de Topografia, enquanto para o de Geografia, cuidou, fundamentalmente, do importante ensino do uso e da interpretação das cartas e mapas, escolhendo não se envolver com a sua produção direta. Isto é, nesta segunda vertente, note-se que as técnicas de produção de mapas (restituição, fotogrametria, etc.) não faziam parte dos objetivos departamentais, excetuando-se a apresentação dos seus rudimentos ao lado da produção de uma cartografia secundária, como é o caso das cartas temáticas, cartogramas, etc. Em resumo, já se via um departamento com muito mais inclinação para a interpretação do ambiente do que para a sua representação propriamente dita. Na década de 1980, esta tendência se acentua com a introdução, pioneira no Brasil, de disciplinas voltadas especificamente para o ensino do Sensoriamento Remoto e de Geoprocessamento. Este processo conduziria, no final daquela década, à criação do LASERE – Laboratório de Sensoriamento Remoto. Data dessa mesma época a participação de um conjunto de professores no curso de Especialização em Planejamento Ambiental que, embora pertencendo ao Departamento de Geografia, sempre contou com expressivo número de professores do Departamento de Análise Geoambiental que ali ministravam disciplinas tributárias da Análise Ambiental (Fundamentos de Cartografia, Fotointerpretação, Sensoriamento Remoto, Gestão de Bacias Hidrográficas).
Desde meados de 1990, o GAG vem discutindo informalmente a criação de atividades de extensão e pós-graduação em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, uma vez que alguns de seus professores vinham pesquisando o assunto, contribuindo para a constituição de um expressivo acervo bibliográfico nessas áreas e aprofundando o seu envolvimento com eventos e projetos nacionais e internacionais promovidos por instituições especializadas no tratamento digital de imagens de satélites e na aplicação ao processamento de dados ambientais. A consequência de tal esforço foi o acolhimento do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental (PGCA), que é uma iniciativa interinstitucional capitaneada pela UFF, bem como, em 1999, o Departamento criou o Curso de Especialização em Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental de Bacias Hidrográficas (GAAABH).
Desta forma, no decorrer da década de 2000, estimulados com a presença de 2 Cursos de Pós-Graduação no GAG, iniciou-se os estudos para elaboração de uma proposta de Curso de Graduação em Ciência Ambiental, com a participação do conjunto de professores do departamento, além de um funcionário cedido do IBAMA para tal fim. Depois de reuniões periódicas, a proposta foi aprovada em junho de 2010 com o ingresso da primeira turma em 2011.